A interdição do estádio Décio Vitta - por Capitão Crivelari
Demorou para cair a ficha de certos dirigentes esportivos locais com relação à adaptação do Estádio Décio Vitta para os eventos que nele se realizam.
Por várias vezes o jeitinho e o “empurra com a barriga” acabaram por oferecer um estádio completamente inadequado para competições do nível para que se apresenta. Vejamos então: por inúmeras vezes eu tive a oportunidade de comandar policiamento de alto risco naquele local e testemunhei o arremesso de objetos das mais variadas formas, que eram atirados ao gramado, mas invariavelmente o alvo eram os profissionais de polícia que ali estavam justamente para garantir a ordem.
Sacos plásticos recheados de urina e fezes, chinelos, celulares, sapatos, dentaduras e – acreditem - pedras, as velhas e intransferíveis pedras que o Estádio Decio Vitta ainda insiste em retirar numa simples limpeza acabam por se transformar em armas letais para vândalos que, na maioria das vezes, se apresentam como membro de torcidas organizadas.
A “chorumela” dos dirigentes é sempre a mesma: não deu tempo, a chuva atrapalhou, precisamos de mais recursos, trata-se de jogo de menor importância, trata-se de jogos da copinha, que reúne jovens talentos, não tem muita torcida, etc... para se transformarem em desculpas deslavadas quanto ao tempo. O estádio apresenta os velhos problemas anualmente, a chuva é previsível, não existe jogos sem importância, o momento e o calor é que decidirá sobre a importância, jovens talentos também propiciam cenas de morte na mesma copinha citada, o público vai sim, até porque é de graça.
Já testemunhei profissionais de imprensa esbravejando, acreditem, por não ter a gloriosa Policia Militar escalado um soldado para tomar conta de um monte de entulho que ali havia e que se transformou em arsenal de ataque de vândalos.
Já vi profissionais ligados à imprensa sensacionalista e ao futebol de ganho e lucro fácil questionar severamente o comando da Corporação após ser dada uma “borrachada pedagógica” em torcedor que só entendia esse tipo de linguagem, mas jamais questionou o perigo que este mesmo torcedor oferecia para familiares que ali estavam.
A interdição para todos os eventos veio em bom tempo exatamente para evitar tragédias que depois ninguém quer assumir a responsabilidade. Peça a qualquer dirigente para assinar um documento sobre essas responsabilidades em caso de morte ou tragédia e fogem como o diabo da cruz.
O Estádio Decio Vita não possui entradas separadas para torcidas distintas. Tudo é feito pela Rua Carmine Feola há anos, muros caem aos pedaços e podem colocar as pessoas em perigo de morte, Há varais de bambu infestando o fosso, não possui barreiras físicas adequadas para isolar torcedores, possui em seu interior infindáveis montes de entulhos e pedras, permite que veículos adentrem ao local de público - o que constitui bairrismo para quem tem futebol profissional -, não tem qualquer facilitador para deficientes físicos, não possui instalações de comando para o policiamento e não tem qualquer vídeo monitoramento para coleta de imagens de vandalismo.
Estamos às vésperas de uma Copa do Mundo e o Brasil está habilitado para tal, portanto não podemos mais nos escudar nos “achismos” ou se profissionaliza a segurança do cidadão torcedor ou deixa de vez o futebol na nossa cidade. Chega de benevolência com irresponsabilidades. Parabéns aos profissionais que interditaram o Décio Vitta. Que sirva de lição.
CAPITÃO CRIVELARI
Vereador em Americana e Oficial da Reserva da Policia Militar
Por várias vezes o jeitinho e o “empurra com a barriga” acabaram por oferecer um estádio completamente inadequado para competições do nível para que se apresenta. Vejamos então: por inúmeras vezes eu tive a oportunidade de comandar policiamento de alto risco naquele local e testemunhei o arremesso de objetos das mais variadas formas, que eram atirados ao gramado, mas invariavelmente o alvo eram os profissionais de polícia que ali estavam justamente para garantir a ordem.
Sacos plásticos recheados de urina e fezes, chinelos, celulares, sapatos, dentaduras e – acreditem - pedras, as velhas e intransferíveis pedras que o Estádio Decio Vitta ainda insiste em retirar numa simples limpeza acabam por se transformar em armas letais para vândalos que, na maioria das vezes, se apresentam como membro de torcidas organizadas.
A “chorumela” dos dirigentes é sempre a mesma: não deu tempo, a chuva atrapalhou, precisamos de mais recursos, trata-se de jogo de menor importância, trata-se de jogos da copinha, que reúne jovens talentos, não tem muita torcida, etc... para se transformarem em desculpas deslavadas quanto ao tempo. O estádio apresenta os velhos problemas anualmente, a chuva é previsível, não existe jogos sem importância, o momento e o calor é que decidirá sobre a importância, jovens talentos também propiciam cenas de morte na mesma copinha citada, o público vai sim, até porque é de graça.
Já testemunhei profissionais de imprensa esbravejando, acreditem, por não ter a gloriosa Policia Militar escalado um soldado para tomar conta de um monte de entulho que ali havia e que se transformou em arsenal de ataque de vândalos.
Já vi profissionais ligados à imprensa sensacionalista e ao futebol de ganho e lucro fácil questionar severamente o comando da Corporação após ser dada uma “borrachada pedagógica” em torcedor que só entendia esse tipo de linguagem, mas jamais questionou o perigo que este mesmo torcedor oferecia para familiares que ali estavam.
A interdição para todos os eventos veio em bom tempo exatamente para evitar tragédias que depois ninguém quer assumir a responsabilidade. Peça a qualquer dirigente para assinar um documento sobre essas responsabilidades em caso de morte ou tragédia e fogem como o diabo da cruz.
O Estádio Decio Vita não possui entradas separadas para torcidas distintas. Tudo é feito pela Rua Carmine Feola há anos, muros caem aos pedaços e podem colocar as pessoas em perigo de morte, Há varais de bambu infestando o fosso, não possui barreiras físicas adequadas para isolar torcedores, possui em seu interior infindáveis montes de entulhos e pedras, permite que veículos adentrem ao local de público - o que constitui bairrismo para quem tem futebol profissional -, não tem qualquer facilitador para deficientes físicos, não possui instalações de comando para o policiamento e não tem qualquer vídeo monitoramento para coleta de imagens de vandalismo.
Estamos às vésperas de uma Copa do Mundo e o Brasil está habilitado para tal, portanto não podemos mais nos escudar nos “achismos” ou se profissionaliza a segurança do cidadão torcedor ou deixa de vez o futebol na nossa cidade. Chega de benevolência com irresponsabilidades. Parabéns aos profissionais que interditaram o Décio Vitta. Que sirva de lição.
CAPITÃO CRIVELARI
Vereador em Americana e Oficial da Reserva da Policia Militar