Ramos e De Nadai propõem ações municipais para enfrentar aquecimento global

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O aquecimento global, que segundo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) deve chegar ao seu nível mais alto neste ano de 2007, vai entrar na pauta de discussões da Câmara Municipal de Americana, a pedido dos vereadores Davi Ramos (PCdoB) e Diego De Nadai (PV).
Um requerimento assinado pelos dois vereadores foi protocolado hoje (7), propondo que a Câmara realize um grande debate sobre o aquecimento global, com especialistas oficialmente convidados pela Casa, com o objetivo de formular uma agenda, para Americana e Região, com cronogramas e protocolos que permitam aos municípios a enfrentar esta nova realidade.
“Os municípios devem se adequar para a situação inevitável da redução na emissão de poluentes e para a urgência da formulação de leis que regulem e restrinjam a ação do homem frente ao meio ambiente”, avalia Ramos.
De Nadai lembra que, diante das últimas informações científicas e dos recentes relatórios de instituições mundiais sobre o aquecimento global, vários países já se articulam para, pelo menos, reduzir a extensão da tragédia que se avizinha.
“Mesmo os Estados Unidos e a China, principais forças do crescimento econômico mundial, tem hoje noção de que é necessária a adoção de medidas urgentes contra o avanço do aquecimento global. Esta é uma questão de toda a humanidade”, afirma De Nadai.
No requerimento, os vereadores destacam trechos do último relatório da ONU, divulgado este mês, e que colocou em alerta o mundo todo. “O relatório aponta que até o ano 2100 o Pólo Norte poderá não mais existir, muitas cidades costeiras também deixarão de existir e se multiplicarão as tempestades, furacões, ventanias e outros eventos climáticos mais dramáticos. Estudos divulgados recentemente apontam que o litoral paulista corre o risco de ver sumirem pelo menos 18 praias nas próximas décadas”, afirma o requerimento.
“O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou na semana passada, diante de ministros de Meio Ambiente de vários países, que os pobres do mundo, embora sejam os menos responsáveis pelo aquecimento global, serão os mais afetados pelo fenômeno. A gravidade da situação exige que sejam tomadas atitudes em todos os níveis e os municípios também devem estar preparados para enfrentar os problemas adversos, como a escassez da água e os distúrbios climáticos, que a humanidade vai enfrentar”, defende Ramos.
Os vereadores querem que a Câmara convide especialistas da Esalq-USP, de Piracicaba, do Departamento de Biologia da Unicamp, do Departamento de Recursos Naturais e Proteção Ambiental da UFSCar, do Comitê de Bacias do PCJ (Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), da Cetesb, do DAE de Americana, da ONG Barco Escola e o ex-prefeito de Rio Claro Cláudio Di Mauro para participar dos debates em Americana.

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