A Câmara Municipal de Americana realizou na quarta-feira (29) audiência pública para discussão da exoneração de servidores em estágio probatório da cidade. A realização da audiência foi solicitada através de requerimento de autoria do vereador Professor Padre Sergio (PT).
Participaram os vereadores Gualter Amado (PRB), Guilherme Tiosso (PRP), Odir Demarchi (PR), Professor Padre Sergio, Vagner Malheiros (PDT) e Welington Rezende (PRP), além de representantes do Sindicato dos Professores de Americana (Sinpra) e funcionários da rede pública.
O vereador Professor Padre Sergio abriu os trabalhos relatando os motivos da realização da audiência. “Acredito que juntos podemos evitar essas demissões, pois estamos há dias levantando documentos que não batem com os motivos apresentados pelo Poder Público para o pedido de calamidade financeira e o envio das cartas de demissões aos funcionários em estágio probatório”, avaliou.
O vice-presidente da Câmara, o vereador Odir Demarchi, se disse envergonhado por nenhum representante da prefeitura estar presente na audiência para responder as dúvidas dos funcionários. “Sem a presença de um representante do Executivo não conseguimos esclarecer algumas dúvidas, como por exemplo, o porquê de os funcionário do Plano de Demissão Voluntária ainda não terem sido demitidos”, apontou.
“Hoje estou como vereador, mas sou cozinheiro concursado e me encontro no estágio probatório. Também recebi a carta de demissão e sou totalmente contra, principalmente porque existe uma defasagem muito grande de pessoal e temos que seguir outros caminhos que não levem às essas demissões”, expôs o vereador Vagner Malheiros.
A representante do Sinpra Sirlei Pontes afirmou que esteve por duas semanas na Câmara fazendo pesquisas de matérias nos jornais da cidade para levantar dados sobre contratações e demissões. “Levantei diversas matérias que falam sobre contratações de comissionados, mas de concursados não tem contratações desde 2015. Além disso, também há muitas matérias sobre aumento na arrecadação, pois muitos impostos subiram nos últimos anos, mas nada mudou. Queremos que os vereadores abram uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar esse aumento de arrecadação e esse pedido de calamidade financeira”, afirmou.
A funcionária da rede pública municipal Adriana Abreu também questionou os motivos das demissões. “Precisamos saber o porquê dessas demissões, já que houve aumento na arrecadação e desde 2015 não são contratados concursados, mas muitos já se aposentaram ou pediram demissão durante esse tempo e a redução da folha de pagamento não aconteceu. Além disso, precisamos que todos façam sua parte, todos participem, a Câmara está lotada, mas era para ter muito mais funcionários aqui”, finalizou.
Publicado por: Coordenadoria de Comunicação