Medalhas de mérito são entregues pela Câmara em sessão solene


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A Câmara Municipal de Americana realizou na terça-feira (22) sessão solene para a entrega de medalha Princesa Tecelã a Bruno Rodrigo Gibertoni Brito, medalha Zumbi dos Palmares a Emanuelle Regina de Oliveira e medalha Zilda Arns a Fernanda de Godoy Ugo Sarra Campos, por relevantes serviços prestados ao município.

 

As medalhas são entregues a pessoas que, representando o município, tenham se destacado em atividades culturais, educacionais, científicas ou artísticas (Medalha Princesa Tecelã); pessoas que tenham se destacado em âmbito municipal na defesa e na assistência dos direitos das crianças e dos adolescentes (Medalha Zilda Arns, que será entregue pela primeira vez na Câmara desde sua instituição, em 2012); e pessoas, grupos e entidades que tenham se destacado nos diversos setores da sociedade no combate à prática do racismo e em favor da cultura afro-brasileira (Medalha Zumbi dos Palmares).

 

Durante a solenidade, os homenageados utilizaram a palavra para agradecer pelas honrarias. “Quando comecei lá atrás, não imaginava onde podia chegar. Esses artistas com quem trabalho hoje, sempre me considerei pequeno perante eles, pela proporção que eles tomaram no Brasil. Estou muito honrado em receber esta medalha. Muito obrigado”, disse Bruno Rodrigo Gibertoni Brito.

 

“Sinto-me honrada em receber a medalha Zumbi do Palmares. Segundo o IBGE, dos 13 milhões de desempregados no pais 64% são preto ou pardos. Além, disso a falta de representatividade negra nas esferas do poder é visível. Zumbi dos Palmares vive, Mariele vive. Estamos aqui em luta de igualdade social”, discursou Emanuelle Regina de Oliveira.

 

“O caminho é muito difícil, a gente abdica de muitas coisas quando a gente se dispõe a ajudar o próximo. O caminho é árduo, é sofrido, mas penso que todos nós somos instrumentos na mão de Deus. Quando fazemos projetos sociais para crianças e adolescentes, queremos que eles cresçam e se tornem pessoas boas e dignas de serem respeitadas. Obrigada a todos”, falou Fernanda de Godoy Ugo Sarra Campos.

 

Biografias

 

Bruno Rodrigo Gibertoni Brito

 

Nasceu em Presidente Venceslau e veio para Americana com sua família no início da década de 80 com 1 ano de idade. Aos 09 anos, ingressou na fanfarra da Escola Estadual Prefeito Antônio Zanaga. Bruno tocava corneta e não demorou muito para descobrir seu talento quando percebeu que tinha ouvido absoluto e logo foi aprender teoria musical e trompete na escola da banda municipal de Americana.

 

Com 14 anos, iniciou a trajetória nos palcos de bares, casas noturnas e shows na região como integrante do Kizuera, grupo de pagode que tinha um grande apreço do público na alta do samba e pagode da década de 90, época que também teve o primeiro contato com composição, arranjos, produção musical e gravação em estúdio.

 

Aos 18 anos, Bruno ingressou no curso de MPB e Jazz no Conservatório Dramático e Musical de Tatuí e desde então participou de muitos bailes e shows de artistas como trompetista em muitas cidades do Brasil. Atuou como músico, arranjador e produtor musical com grandes nomes entre eles Sandy Solo, Sandy & Junior tour 2019, Os Travessos, Rodrigo José, Sem ReZnha e Gaab, entre outros trabalhos que realiza atualmente para produtores e artistas internacionais parceiros da América, Europa e Ásia... além também de desenvolver trilhas sonoras com produtores parceiros de São Paulo e Campinas para TVs como Band, Globo, SBT, Record, EPTV, Disney entre outras.

 

Atualmente, Bruno ainda é morador de Americana. Mesmo com dois estúdios em Campinas, o seu sonho é abrir um estúdio na cidade de Americana e fazê-lo referência nacional.  Bruno não esteve somente à frente das apresentações musicais, mas também as viabilizou através do seu trabalho como produtor musical.

 

Emanuelle Regina de Oliveira

 

Nasceu em 07 de novembro de 1984, em Santo Amaro /São Paulo. Mudou-se para Americana em 1992 com a sua família. Desde a infância quando frequentava a escola, havia tratamento diferente por parte dos colegas por conta da sua cor, o que sempre serviu de incentivo para que buscasse superar seus limites dia após dia.

 

Com o crescimento da sua filha Sophia, Manu precisou ampará-la muitas vezes devido às ocorrências de racismo e bullying, principalmente na escola. Por esse motivo, Manu decidiu ampliar sua luta contra o racismo, deixando de atuar apenas nas redes sociais e realizando o primeiro Coreto Cultural em 22 de março de 2017. Esse movimento reúne artistas de várias cidades para reuniões em bairros mais periféricos da cidade de Americana, objetivando principalmente o público infantil.

 

As reuniões são feitas periodicamente e há amostras de grafites, arte, músicas e danças, além de compartilhamento de livros e outros materiais com os quais todos podem aprender e dividir experiências com o grupo.

 

Cada edição reúne em média 300 pessoas e visa a propagação da informação, da educação e do combate ao racismo, exaltando a cultura afrodescendente e valorizando todas as suas ramificações.

 

Além disso, através da internet, Manu tem grande engajamento em suas redes sociais e mobiliza centenas de pessoas sobre a realidade da rotina e do preconceito com a pessoa negra no Brasil, causando reflexão em todas as pessoas que têm acesso às suas páginas.

 

Fernanda de Godoy Ugo Sarra de Campos

Natural de Americana, Fernanda estudou em escola pública e desde muito nova se incomodava com as questões sociais, as desigualdades e a diferença que existia entre as pessoas, o que a influenciou a estudar Direito na Unimep. Depois de graduada, Fernanda estudou se especializou em Direito Civil e Processo Civil, atuante na área da Família.

 

Casada com um engenheiro e mãe de um menino, assim como muitas mulheres, Fernanda luta diariamente para conciliar a carreira com a sua vida familiar. Uma advogada em constante formação, ela descobriu no esporte a determinação para seguir adiante.

 

Ao longo de sua história, Fernanda se dedicou a lutar pelos direitos das crianças, adolescentes e jovens. Engajada em obras sociais, na adolescência e juventude desenvolveu trabalho de apoio social e ensinamentos bíblicos, sendo responsável por capacitar, alimentar e transformar a vida de dezenas de crianças e jovens.

 

Fernanda fez importantes contribuições a Casas de Acolhimento de Americana. Com essa atuação, em 2019 foi curadora do projeto Top Decoração, na nova Casa de Acolhimento mantida pela entidade Coasseje, e fez parte de uma transformação histórica na cidade de Americana com a reforma e construção da casa de acolhimento Dona Anita, que acolhe crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade. Uma obra estimada em R$ 600 mil reais, considerada uma das melhores casas de acolhimento do país e executada com recursos privados por meio de parcerias e doações.

 

Fernanda também participou do projeto de reforma e construção do Lar Batista, mantido pela Igreja Batista, viabilizando junto à equipe a reforma dessa casa de acolhimento que atende muitas crianças e adolescentes do município de Americana.

 




Publicado por: Coordenadoria de Comunicação