Preço do botijão de gás na região sobe até 15% em seis meses, aponta pesquisa de Chiconi
O preço do botijão de gás de cozinha subiu até 15% nos últimos seis meses, apontou pesquisa realizada pelo Gabinete do vereador Reinaldo Chiconi (PMDB) no dia 15 de outubro. O estudo, realizado em 48 estabelecimentos, apontou também que Americana possui o maior preço médio do botijão de 13kg em comparação com as cidades de Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa, Hortolândia e Paulínia.
De acordo com Chiconi, o aumento acompanha a tendência no restante do país: no mês de setembro, os preços chegaram a subir 7,79%. “Este aumento acentuado acabou afetando até mesmo a inflação de setembro, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que ficou em 0,24%. Dentre os itens utilizados no cálculo da inflação, o botijão de gás foi o que teve maior aumento no mês passado”, analisa.
O principal motivo pelo aumento, de acordo com o Sindicato das Revendedoras de GLP no Interior de São Paulo (Siregás), é o fato de setembro ser a data-base dos trabalhadores de distribuidoras e também de quem atua nas revendas. “Estão pedindo 12% de aumento salarial, ou seja, trata-se de um efeito cascata: um reajuste puxa o outro”, explica o presidente do Siregás, Giovanni Buzzo.
Na região, o maior aumento foi registrado na cidade de Hortolândia: um estabelecimento localizado no Parque dos Pinheiros vendia o botijão, na retirada, a R$ 32 em 15 de abril e, em 15 de outubro, a R$ 37 – um acréscimo de R$ 5, ou 15,63%. No mesmo local, o preço para entrega também subiu R$ 5, de R$ 34 para R$ 39, ou 14,71%.
Em Americana, o preço subiu em média 6,58% na retirada (de R$ 36,90 para R$ 39,33, ou R$ 2,43 a mais) e 7,29% para entrega em domicílio (de R$ 38,64 para R$ 41,45, ou R$ 2,82 a mais). Entretanto, em um estabelecimento localizado na Cidade Jardim, o preço na retirada subiu de R$ 35 para R$ 40 – R$ 5 a mais, ou 14,29%. Já para entrega, em outro estabelecimento localizado no bairro Antônio Zanaga o preço foi de R$ 37 para R$42 – também R$ 5 a mais, ou 13,51% neste caso.
Estes exemplos, segundo o parlamentar, são suficientes para convencer o consumidor sobre a importância da pesquisa de preços antes de efetuar a compra. “A diferença entre o maior e o menor preço em Americana, na retirada, é de 10,53%, ou R$ 4,00 por botijão. Procurando pelo lugar mais barato, o consumidor que compra um botijão por mês pode economizar, durante um ano, até R$ 48,00, valor suficiente para a compra de mais um botijão”, acrescenta, lembrando ainda que, apesar do valor máximo da entrega chegar a R$ 42, o preço pode ser menor dependendo da distância entre o estabelecimento e a residência.
Região
Os preços mais caros encontrados em Americana na retirada (R$ 42) e para entrega (R$ 42) são também os maiores entre as cinco cidades pesquisadas. Hortolândia apresentou os menores preços médios na retirada (R$ 36,50) e para entrega (R$ 37,50), além de ter também os botijões mais baratos: um estabelecimento localizado no Jardim Nova América comercializa a R$ 35 na retirada e R$ 37 para entrega. Comparando as duas cidades, a diferença entre o maior e o menor valor na entrega chega a R$ 5, ao passo que para retirada é ainda maior: R$ 7.
Em Santa Bárbara d’Oeste, os preços são parecidos aos de Americana: média de R$ 38,92% na retirada e R$ 39,83 para entrega. Já Nova Odessa e Paulínia registraram valores médios semelhantes entre si. Em Nova Odessa, o preço médio na retirada é de R$ 37,60 e, para entrega, de R$ 38,60, e em Paulínia é de R$ 37,20 na retirada e de R$ 38,80 para entrega.
Botijão mais barato
Em entrevista recente concedida a rádios locais em Pernambuco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Governo estuda uma maneira de baixar o preço do botijão de gás. “Essa é uma coisa que está na minha cabeça. É uma coisa que queremos, ver se reduz o preço do gás, porque as pessoas utilizam gás e pagam caro por um botijão que está R$ 38, R$ 40”, declarou.
Na última semana, a Petrobrás informou que a Liquigás, sua subsidiária para o setor de distribuição de gás de cozinha (GLP) vai comercializar a partir de janeiro botijões de cinco e dez quilos a preços menores, para atender à população de baixa renda. Entretanto, os preços ainda não estão definidos.
“É uma excelente opção para quem tem baixo consumo de gás, como pessoas que moram sozinhas e famílias pequenas e para aqueles que têm espaço reduzido em casa. Além disto, vai facilitar especialmente a vida da dona de casa que tem menos recurso e podem pagar menos”, afirmou o presidente da Liquigás, Antônio Rubens Silva Silvino.
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Assessoria de Comunicação