As reuniões entre o presidente da Câmara de Americana, Reinaldo Chiconi (PV) e o assessor técnico da Casa, engenheiro Vitor Coelho, com os prefeitos de Santa Bárbara d’Oeste, José Maria de Araújo (PSDB) e de Nova Odessa, Manoel Samartin (PDT), realizadas no final da tarde de anteontem (17/04) e ontem (18/04), respectivamente, para propor a formação de um Consórcio Intermunicipal para resolver o problema dos lixos e sua disposição nas cidades próximas à Americana foram muito produtivas.
Enquanto o chefe do Executivo de Santa Bárbara não demonstrou interesse em resolver o assunto desta forma, por alegar haver muitos projetos e outras prioridades naquela cidade, em Nova Odessa a idéia dos municípios se unirem e utilizarem uma Usina de Processamento de Lixo com Geração de Energia e Subprodutos como alternativa em substituição aos aterros sanitários foi vista como positiva.
“O prefeito de Nova Odessa não só aprovou a idéia, por se preocupar com o problema do lixo hoje na cidade, mas viu o projeto como uma solução moderna e eficaz, do ponto de vista ambiental e até mesmo econômico, chegando a pensar em um terreno no qual pudesse ser instalada a usina para atender as cidades que fariam parte do consórcio”, analisou Chiconi.
O próximo passo será também se reunir com os prefeitos de outras cidades, como Sumaré e Hortolândia, para que os quesitos básicos para a adoção desta medida sejam cumpridos. De acordo com o engenheiro Coelho, para que investidores operem uma usina de um porte que compense aos municípios, com custo zero, é preciso que seja recolhido 500 toneladas por dia, o que representa quase quatro vezes mais do que o lixo de Americana.
“Trata-se de um projeto inovador no Brasil, mas uma possível solução técnica para o problema de resíduos sólidos. Comparado com o aterro sanitário, a alternativa aqui proposta é 21 vezes menos poluente, não gera passivo ambiental e ainda se gera energia a partir do lixo, que é transformado em biomassa, utilizado como combustível no processo de geração”, explicou o técnico.
Chiconi lamenta o entendimento do prefeito de Santa Bárbara d´Oeste, que a princípio não demonstrou interesse pela solução regional. O vereador entende que para que haja compensação de investidores e um real contrato para a operacionalização do processo é preciso que haja primeiramente um entendimento regional e vontade política entre os municípios.
“O lixo é um problema para todo mundo, é caro para tratar e há uma contradição aí, já que o prefeito alega que Santa Bárbara arrecada metade do que Americana, tem uma população praticamente igual, uma extensão territorial maior, tendo, portanto, mais problemas e prioridades, entre elas a ampliação do aterro sanitário”, criticou o presidente do Legislativo Americanense.
Chiconi ponderou que a obra de ampliação do aterro sanitário citada pelo prefeito da cidade vizinha certamente acarretará em custos para o Poder Público Municipal, “que poderiam ser canalizados para as outras prioridades, como recapeamento da malha viária, uma vez que a implantação da usina teria custo zero para os municípios”, complementou.
Publicado por: Assessoria de Comunicação