A Câmara Municipal de Americana manifesta oficialmente seu apoio à campanha Março Roxo de conscientização e defesa dos direitos das pessoas com epilepsia. O legislativo irá adotar uma série de ações ao longo do mês, em atendimento à lei municipal nº 6.398/2020, de autoria do presidente da Casa, vereador Thiago Brochi (sem partido), que incluiu o Março Roxo no calendário oficial de eventos do município.
Como parte das ações de apoio à campanha, o legislativo americanense distribuiu laços roxos e panfletos com informações sobre o tema a funcionários e vereadores e adotou uma decoração temática na cor roxa na fachada do prédio e na Mesa Diretora do Plenário Dr. Antônio Álvares Lobo.
A tribuna livre da sessão ordinária da próxima terça-feira (7) contará com a presença da neuropsicóloga Veviane Spergue, fundadora do Movimento de Apoio à Pessoa com Epilepsia (MAPE Americana), e do neurocientista Dr. Li Li Min, professor titular da Unicamp, médico e gestor, para falar temas relacionados ao distúrbio, causas, sintomas, tratamento e direitos das pessoas com epilepsia.
Publicações nas redes sociais ao longo de todo o mês de março completam as iniciativas de conscientização. A campanha teve início em 2008, no Canadá, e celebra anualmente no mundo todo, no dia 26 de março, o “Purple Day” (Dia Roxo), dedicado à reflexão sobre a epilepsia, suas formas de tratamento e prevenção.
“A epilepsia é o distúrbio do cérebro mais comum em todo o mundo. Pessoas com epilepsia apresentam maior dificuldade para inclusão em diversos aspectos da sociedade. Essa realidade em parte é devido ao desconhecimento e à falta de informação sobre mecanismos sociais que amparem e assegurem o direito das pessoas com epilepsia de forma contínua. O objetivo da lei e deste apoio da Câmara ao Março Roxo é exatamente promover ações educativas sobre a conscientização do distúrbio e dos direitos dessa população”, comentou o presidente da Câmara e autor da lei municipal, vereador Thiago Brochi.
Epilepsia – Informações complementares
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que a doença atinge mais de 50 milhões de pessoas no mundo e cerca de três milhões de brasileiros. Apesar da maioria das pessoas – cerca de 70% - apresentarem formas benignas, que serão tratadas e controladas apenas com um tipo de medicação (assim como diabetes e hipertensão arterial), ainda há muito sofrimento perante o impacto do diagnóstico e suas consequências.
Segundo informações do Ministério da Saúde, a epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem os dois hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos evidentes de epilepsia, não significando que o problema tenha menos importância se a crise for menos aparente.
Sintomas
Em crises de ausência, a pessoa apenas apresenta-se “desligada” por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em seguida. Em crises parciais simples, o paciente experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo. Ele pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente. Se, além disso, perder a consciência, a crise será chamada de parcial complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Tranquilize-a e leve-a para casa se achar necessário. Em crises tônico-clônicas, o paciente primeiro perde a consciência e cai, ficando com o corpo rígido; depois, as extremidades do corpo tremem e contraem-se. Existem, ainda, vários outros tipos de crises. Quando elas duram mais de 30 minutos sem que a pessoa recupere a consciência, são perigosas, podendo prejudicar as funções cerebrais.
Causas
Muitas vezes, a causa é desconhecida, mas pode ter origem em ferimentos sofridos na cabeça, recentemente ou não. Traumas na hora do parto, abuso de álcool e drogas, tumores e outras doenças neurológicas também facilitam o aparecimento da epilepsia.
Publicado por: Coordenadoria de Comunicação