A Câmara Municipal de Americana realizou na quarta-feira (3), no Plenário Dr. Antônio Álvares Lobo, uma audiência pública para debater políticas e medidas de segurança para as escolas do município. O evento foi realizado em atendimento a um requerimento de coautoria do vereador Juninho Dias (MDB) e da vereadora Nathália Camargo (Avante).
Participaram da audiência, além dos autores, os vereadores Gualter Amado (Republicanos), Leonora Périco (PDT), Lucas Leoncine (PSDB), Marcos Caetano (PL), Pastor Miguel Pires (Republicanos), Professora Juliana (PT), Silvio Dourado (PL) e Thiago Martins (PV); o secretário municipal de Educação, Vinicius Ghizini; o diretor comandante da Guarda Municipal de Americana, Marco Aurélio da Silva; o coordenador do Conselho Tutelar de Americana, Pedro Aparecido Gatti; o secretário adjunto de Governo, Pedro Peol; o perito judicial e pesquisador de segurança pública, Marcelo Freitas de Magalhães Cardoso; e o capitão PM Júlio César Neves, do 19º Batalhão de Polícia Militar de Americana, além de população interessada no tema, que participou utilizando a tribuna.
Durante o uso da palavra, Nathália Camargo enfatizou as ações do Poder Legislativo para o enfrentamento do problema. “Propusemos uma lei para que a GAMA acompanhasse integralmente as escolas municipais e buscamos diálogo para entendermos como podemos promover medidas de segurança de forma prática e eficiente. Todos querem levar seus filhos às escolas com tranquilidade e é nossa responsabilidade cuidarmos da sociedade em que vivemos”, apontou.
O pesquisador de segurança pública Marcelo Freitas apresentou dados que ilustram a dimensão do problema discutido. “Precisamos compreender o tamanho do problema. Levantamos dados que mostram que 71,8% dos professores presenciaram agressões entre alunos e 52,3% presenciaram agressões contra professores. Além de pensarmos nos alunos, é importante garantir a integridade física e mental dos servidores”, destacou.
Ghizini expôs ações promovidas pela secretaria de Educação com foco na prevenção. “Nós temos 54 unidades de ensino e descentralizamos as decisões e o direcionamento de investimento, para que cada comunidade escolar possa aplicar os recursos também em favor da segurança. A prefeitura promoveu um concurso público e contratamos treze pedagogos e quatro psicólogos, que atuarão no acompanhamento da comunidade e em parceria com a secretaria de Saúde. Também levamos treinamento aos professores para formação em mediação de conflito e enfrentamento ao bullying. Outra medida é a parceria com o Ministério Público e o Conselho Tutelar, que resultou numa maior identificação sobre violência sexual contra nossos estudantes”, explicou.
Durante a audiência, o público utilizou a palavra na tribuna para se manifestar e encaminhou questionamentos por e-mail sobre as medidas que a prefeitura tem adotado após os casos de violência em escolas. “Nós lançamos o programa Escola Segura, contemplando até mesmo as escolas particulares e filantrópicas com treinamento, como o uso do botão do pânico. Está em andamento o processo licitatório para o videomonitoramento integrado em todas as unidades da rede, que serão conectadas a uma central junto à Guarda Municipal. Além dessa barreira de vigia, estudamos a implantação dos detectores de metais, portas giratórias, muros e gradis, mas é preciso considerar como a estrutura de cada escola comporta essas medidas. Além disso, temos a ampliação da Ronda Escolar, que atua no entorno e está apta a agir caso necessário”, respondeu o secretário de Educação.
Ao final da audiência, o vereador Juninho Dias, coautor do requerimento que motivou a realização do debate, destacou que a reunião permitiu troca de informações e ideias que serão encaminhadas às autoridades. “Nós discutimos a segurança pública nas escolas para que essa nova geração tenha o direito de aprender. Muitas ideias surgiram e há também muitas pessoas que pensam de forma diferente sobre como devemos enfrentar o problema. Com essa audiência colhemos informações valiosas para levarmos às autoridades. Também ressalto a importância dos projetos sociais voltados ao esporte, que afastam as crianças do crime e do uso de drogas. Precisamos estar nas comunidades e combater o preconceito para que tenhamos uma comunidade de paz”, concluiu.
Publicado por: Coordenadoria de Comunicação