A 4ª Audiência Pública sobre Transporte Coletivo nos bairros de Americana será realizada às 19 horas de hoje (12/08), no Ciep da Cidade Jardim. A reunião, promovida pela Comissão Permanente de Obras, Serviços Públicos, Atividades Privadas, Meio Ambiente, Transporte e Comunicação da Câmara de Americana, deverá atender os moradores dos bairros Cidade Jardim, Parque Novo Mundo, Vila Mathiensen, Nielsen Ville, Jardim São José e outros da região. Os vereadores da comissão, Lurdinha Ginetti (PDT), Jonas Santarosa (PT) e Paulo Chocolate (PFL) realizarão mais cinco audiências até o final do mês para colher reclamações e sugestões para a melhoria do transporte público na cidade. A última será no dia 31, na Câmara Municipal.
A comissão tem recebido ofícios com solicitações e encaminhamentos de associações de bairros e entidades, como a Uniap (Unidade de Apoio aos Portadores de Câncer) e grupos da terceira idade. As reclamações, neste caso, apontam problemas quanto a gratuidade das passagens, assunto abordado pelo gerente de operações José Vladeir, da VCA (Viação Cidade de Americana) durante audiência realizada na quarta-feira (10/08) no Jardim Ipiranga.
Segundo ele, deve haver maior critério sobre as gratuidades, para não onerar os demais usuários.“As gratuidades citadas no transporte de Curitiba representam a distorção dos que estão desfrutando o benefício em Americana. Quem está pagando a conta de R$ 1,80 é o trabalhador comum. Toda gratuidade do sistema deveria ser feita mediante compensação, para gerar investimentos, e nunca foi discutido isso. As empresas se aproveitam da gratuidade dos “guardinhas” para ele ficar o dia inteiro trabalhando e usando os ônibus da cidade”, protestou.
A vereadora Lurdinha, também presidente da comissão, defende que a gratuidade deva ser revista e levar em consideração a baixa renda. “Os critérios para todas as gratuidades devem ser revistos. Deve ter direito ao transporte gratuito o estudante de baixa renda, que não tem condição de pagar”. O vereador Chocolate disse que apresentará Projeto de Lei solicitando à Prefeitura que forneça 30 passes aos desempregados pelo período de um mês. “Assim ele poderá procurar emprego”, justificou.
Moradora pede mão-de-obra especializada para portadores de deficiência
A moradora Maria da Silva, do Jardim Brasília, apresentou à comissão, na última audiência pública, problemas que vão além da falta de cobertura nos pontos de ônibus, tempo de espera e itinerários, reclamações comuns. De acordo com a munícipe, falta mão-de-obra especializada para atender aos portadores de deficiência que utilizam os ônibus especiais. “Os funcionários das empresas de ônibus não sabem manusear o “elevador”, os deficientes ficam com receio. Deveria haver pessoas treinadas para lidar com isso, tanto fisicamente quanto psicologicamente”, protestou.
O mau uso desse transporte especial geraria insegurança por parte dos usuários. “Meu filho não está fazendo faculdade por falta de transporte coletivo. Até tem duas linhas boas de transporte para deficientes, mas ainda não atende a necessidade. Conheço gente que não sai de casa por insegurança de usar esse transporte”, complementou.
Representantes do Sindicato dos Condutores usaram a palavra para criticar o sistema, propor mudanças e sugerir um trabalho em conjunto com a comissão, população e empresas de ônibus. A principal preocupação da categoria é o uso de catracas eletrônicas. Um documento com as pontuações da categoria foi entregue à comissão e tem sido lido em todas as audiências.
Para o vereador Marco Antonio Alves Jorge, o “Kim” (PDT), que participou como ouvinte e morador do bairro, “o momento de sugerir e propor é este”. “É importante que se registre todas as opiniões e se contemple o máximo possível, para que Americana tenha um transporte satisfatório, barato e gere condições boas de trabalho sem gerar desemprego”, concluiu.
Publicado por: Assessoria de Comunicação