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Proibição de queima de fogos de artifício em Americana é debatida em audiência pública na Câmara



 

A Câmara Municipal de Americana realizou na terça-feira (14) audiência pública para discussão da proibição da queima de fogos de artifício em Americana. A realização da audiência foi solicitada através de requerimento de autoria do vereador Gualter Amado (PRB).

 

Participaram os vereadores Gualter Amado, Guilherme Tiosso (PRP), Juninho Dias (PMDB), Marco Antonio Alves Jorge – Kim (PMDB), Maria Giovana (PC do B), Odir Demarchi (PR), Thiago Martins (PV) e Welington Rezende (PRP), o secretário municipal de Meio Ambiente, Eraldo Camargo, o diretor da Guarda Municipal de Americana, Marcos Guilherme, a fundadora e representante do Família Down, Simone de Almeida Amado Bertini e a veterinária Priscila Sarti, além de representantes de entidades e população interessada no tema.

 

O vereador Gualter Amado deu início aos trabalhos relatando os motivos da realização da audiência. “Acredito que através deste debate, possamos ouvir os diversos segmentos envolvidos nesse tema e auxiliar os vereadores acerca da discussão do projeto de lei em tramitação na Casa que trata da proibição da queima dos fogos classes C e D”, avaliou.

 

Os vereadores Guilherme Tiosso e Maria Giovana, coautores do projeto de lei que trata da proibição da queima de fogos de artifício, utilizaram a palavra para defender a propositura. “O projeto vem para proibir os fogos que tem estampido, aqueles que fazem barulho. Os fogos luminosos não serão proibidos, o que permitirá as pessoas a continuarem realizando suas comemorações. Esses fogos barulhentos causam muito mal à saúde de diversas pessoas como idosos, bebês, pessoas com deficiências neurológicas, além de poderem causar queimaduras, lesões graves e até mesmo a morte”, disse Maria Giovana.

 

“Segundo o sistema de levantamento do Ministério da Saúde, nos últimos quinze anos foram registrados mais de 8.500 e mais de 120 mortes decorrentes da queima de fogos de artifício no país, sendo que mais de 20% dos óbitos foram de crianças de zero a quatorze anos”, apontou Tiosso. “Os animais se assustam, podem fugir e acabar atropelados. Podem sofrer traumas emocionais, convulsões e no caso de aves, elas podem ser expulsas de seu habitat natural caso os fogos sejam disparados muito perto. Cabe a nós ter o direito de comemorar e causar aos animais tanto sofrimento? Que direito nós temos de causar isso a essas pessoas e esses animais? Não é porque é uma tradição que devemos mantê-la”, acrescentou.

 

O comerciante Antonio Morelli Junior defendeu a comercialização regular dos fogos. “Nós seguimos uma lei federal que determina quais tipos de fogos podemos utilizar e somos comerciantes credenciados. Eu posso seguir a lei e deixar de vender, mas os comércios clandestinos e as outras cidades em que não é proibido vão continuar vendendo, e as pessoas vão continuar comprando e soltando”, afirmou.

 

A representante do Família Down, Simone de Almeida Amado Bertini, falou sobre como o barulho dos fogos afeta as pessoas com deficiência neurológica. “Essas pessoas em sua maioria apresentam sensibilidade muito maior, e esses ruídos súbitos como os fogos são os mais prejudiciais. A minha filha, por exemplo, desenvolveu um trauma após presenciar os fogos de artifício em uma festa numa chácara quando tinha cerca de dois anos, e isso se transformou num pânico em que ela chegou a desmaiar mais de uma vez. Então não queremos acabar com a festa de ninguém, só queremos o fim dos estampidos, pois vai mudar muito na vida dessas famílias”, defendeu.

 


Publicado em: 15 de fevereiro de 2017

Publicado por: Assessoria de Comunicação

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Categoria: Notícias da Câmara

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