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Atendimento da rede municipal de saúde é debatido na Tribuna Livre



Os problemas no atendimento da rede municipal de saúde foram o tema da Tribuna Livre utilizada pela senhora Patrícia Cristina de Mattos durante a sessão da Câmara Municipal de Americana desta quinta-feira (25). Ela relatou a demora no atendimento de seu sobrinho no pronto-socorro do Hospital Municipal.
“Procurei o pronto-socorro da Unidade Básica de Saúde do São José, na Região da Praia Azul, e não havia pediatra. Meu sobrinho, que sofreu um corte profundo no pé, foi atendido por uma enfermeira e fomos encaminhados ao pronto-socorro do Hospital Municipal. Foram duas horas de espera até que ele fosse atendido, e acredito que ele só foi atendido porque chamei a polícia e a imprensa”, contou.
De acordo com Patrícia, o sobrinho chegou a ser atendido por uma pediatra, que informou ser necessário o atendimento de um cirurgião vascular. “Veio uma assistente social me pedir paciência, mas ele estava perdendo muito sangue e estava entrando em choque”, acrescentou a munícipe, que reclamou da falta de médicos e de remédios e pediu a ajuda dos vereadores para a solução do problema.
Vereadores
Após o pronunciamento, os vereadores utilizaram a palavra para comentar as reivindicações apresentadas. Para o vereador Antonio Carlos Sacilotto (PSDB), o principal problema da saúde pública em Americana é o baixo salário pago aos médicos da rede municipal. “Não adianta aumentar a estrutura se continuar a falta de médico. Nenhum médico vem trabalhar aqui por R$ 1.800,00. O que acontece? Abre-se concurso e vem o recém-formado, mas ele arruma algo melhor e vai embora. É preciso tomar uma decisão”, afirmou.
O vereador Valdecir Duzzi (PSDB) ressaltou que 2009 foram contratados cerca de 90 médicos, além de outros 300 profissionais para a área da Saúde. “Serão investidos R$ 18 milhões na ampliação do Hospital Municipal. Lamentamos o ocorrido, mas esperamos e confiamos que com essa ampliação casos como este não acontecerão mais”, declarou.
O vereador Oswaldo Nogueira, por sua vez, citou o programa Saúde Agora como uma das iniciativas da Administração para tentar solucionar o problema. “O que a senhora nos comunicou são fatos preocupantes para esta Casa. Sabemos que, na Saúde, 99% dos pacientes podem ser muito bem atendidos, mas se apenas 1% não for bem atendido, haverá reclamações. Tenha certeza que a Prefeitura tem o compromisso de melhorar o atendimento”, garantiu.
De acordo com os vereadores Adelino Leal e Celso Zoppi (ambos do PT), as denúncias são importantes para que possam ser solucionados os problemas. “É preciso ter pediatra e clínico geral sempre de plantão, além de médicos substitutos em caso de falta ou férias do médico titular do posto de saúde”, defendeu Zoppi. “O pronto-socorro é o carma da saúde de Americana. Não importa que 99% sejam bem atendidos, esse 1% pode acarretar numa morte, então todos precisam ser atendidos bem, e com rapidez”, discursou Leal.
O vereador Odair Dias (PV) lembrou do trabalho da comissão permanente de saúde da Câmara, que tem apurado denúncias sobre problemas no atendimento. “Estamos conversando com profissionais da área e buscando respostas concretas para resolvermos juntos, da melhor maneira possível”, falou.
Já a vereadora Leonora do Postinho (PPS) mencionou a sua experiência na rede pública de saúde para ratificar as deficiências no atendimento. “Sei o quanto é difícil essa situação, até hoje não temos endocrinologista, por exemplo. Espero que seja tudo resolvido”, comentou. Para o vereador Reinaldo Chiconi (PMDB), falta uma humanização do atendimento. “Já estive internado no Hospital Municipal e é triste ver pessoas nas macas pelos corredores. Falta uma pessoa que converse com os pacientes, e que procure saber porque o atendimento está demorando”, refletiu.
Da mesma forma, a vereadora Divina Bertalia (PDT) afirmou que para trabalhar na área da Saúde é preciso ter vocação. “Na década de 80, quando cheguei a Americana, o Hospital Municipal era melhor que o melhor hospital particular. Concordo que a questão salarial é talvez o maior problema, porque eles não se sentem valorizados. Trabalhar na área de Saúde precisa de vocação, mas com os salários atuais não há condição”, avaliou.
Para o vereador Paulo Chocolate (PSC), a saúde está precária em todo o país. “O Brasil está doente. Falta investimento do governo estadual e do governo federal, e até mesmo os planos de saúde particulares apresentam problemas”, salientou.
Também utilizaram a palavra os suplentes de vereador em exercício Abílio Maia (PSDB) e Lurdinha Ginetti (PDT), que lamentaram o ocorrido e lembraram que a saúde é um problema antigo na cidade.
Tribuna Livre

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Assessoria de Comunicação


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