ODesde a minha eleição como vereadora para a próxima legislatura americanense, uma pergunta sempre me é feita: qual será o seu primeiro  projeto ? Na verdade, há muito falo às pessoas , e em especial aos meus alunos, que eu adoraria ter poder para inserir algumas regras à sociedade. Esse seria, portanto, não o primeiro, mas o projeto dos meus sonhos. Na sua fundamentação, constaria apenas esse argumento: a vida, por si só,  já   é composta de momentos de dor e tristezas,  de perdas e lágrimas, como os gerados pela morte, por uma doença, por acidentes, pelo desemprego, pela solidão, etc.  É fato, porém, que muitos pessoas impõem aos seus semelhantes mais sofrimento ainda, pelo tratamento que lhes dispensam. Assim, ficariam  terminantemente proibido nas relações sociais: a falta de educação, a grosseria, a arrogância, a inveja, a maldade, a prepotência, o  mau humor, a cara azeda, a ruindade, a raiva,  o ódio, a hipocrisia, o egoísmo, a fofoca, a intolerância, a estupidez, a humilhação, o “se achar” superior aos outros,  a falsidade,  dentre outros comportamentos que tanto mal fazem às pessoas. O projeto também beneficiaria os cidadãos que, ao contrário, praticassem os atos que promovem o ser humano: a simpatia, a cortesia social, o sorriso, a prontidão, a alegria, o respeito,  a simplicidade, a partilha, a gratuidade, o carinho, o bom humor,  o companheirismo,a bondade, a caridade,  a solidariedade,  a amizade, a lealdade, a confiança, enfim, os valores que nos são ensinados em casa, os quais acabam um pouco esquecidos no nosso dia-a-dia. Essas pessoas teriam benefícios fiscais. Certamente, os nossos diversos ambientes seriam bem melhores,  haveria menos  pessoas com problemas e muitas dispostas a ouvi-las, a apoiá-las. Nunca me conformei em ver pessoas sofrendo apenas  por causa do jeito de ser  de outrem. Às vezes,porém,  nem nos damos conta que fizemos alguém sofrer com uma palavra ou mesmo com o nosso silêncio. Mas, por outro lado., eu também sempre  sonhei em promover uma radical mudança na legislação eleitoral vigente em nosso país.Esse projeto, pois, teria também essa vertente política. Fundamentação: a total descrença dos brasileiros na classe política, principalmente dos jovens, que não se sentem motivados para ir às urnas. Nessa área, minha proposta seria essa: os candidatos a todos os cargos eletivos teriam que primeiro passar por um  processo de habilitação, no qual provariam ser cidadãos idôneos. Depois, teriam que ser aprovados pelo teste de seleção, para se aferir se têm formação para o cargo pleiteado. Condição essa, aliás, exigida para todos os cargos públicos, exceto os eletivos. E, finalmente, seus currículos, suas fotos e propostas seriam afixadas nas escolas públicas para conhecimento e escolha dos eleitores. A propaganda eleitoral se resumiria aos horários gratuitos do rádio e da televisão. Assim, seriam banidas do cenário nacional as campanhas milionárias que, às vezes,  comprometem a lisura dos governantes eleitos, pelos compromissos assumidos com os seus patrocinadores. Os chefes do executivo teriam ampla liberdade para nomear seus auxiliares, pois seria também proibido o loteamento de cargos públicos, os quais seriam preenchidos pelos critérios da   competência e probidade.  No legislativo eu ainda  mexeria mais : assim como no executivo, os vereadores, deputados (estaduais e federais) e os senadores só poderiam se reeleger uma vez, dando oportunidade para que outros cidadãos ocupem esse espaço, saindo para reciclar as suas idéias e voltando num outro momento, se os eleitores assim o quiserem. E, para encerrar, nesse lindo sonho de alguém que insiste em acreditar que somos todos  pessoas de bem, todos os políticos teriam os relevantes interesses da população como diretriz única e exclusiva para os seus  atos.