A Câmara Municipal de Americana realizou na quarta-feira (20), no Plenário Dr. Antônio Álvares Lobo, a 11ª reunião do Fórum Permanente de Inovação, Ciência e Tecnologia, instituído pelo Decreto Legislativo nº 962/2021, de autoria do vereador Silvio Dourado (PL). Durante a reunião foram discutidos assuntos relacionados à infraestrutura de tecnologia da informação, segurança cibernética e proteção de dados.  

Participaram da reunião o vereador Silvio Dourado; a representante da secretaria municipal de Educação, Alessandra Miranda Pereira; a secretária-adjunta de Comunicação e Tecnologia da Informação, Luciana Cardoso; os palestrantes Edson Roberto Gaseta, Fábio Dacêncio Pereira e Fernando Bryan Frizzarin; e os representantes do  SINDITEC, Adão de Moura Souza; da PenseCom, Débora Blanco; da Diretoria Regional de Ensino, Alfredo Arantes Júnior; da VCYBER TECKIDS, Karina Queiroz; da Faculdade de Americana, Sabrina Dell; do Centro Paula Souza, Silmara da Silva Azevedo; da DPO Net / Destra Software, Marcelo Martins; da JPS Tech, Jhonatas Pellisson; da Texel, Marcos Medina; da Associação dos Engenheiros de Americana, Marcos Lavelli; da FATEC, Wladimir da Costa; da ACIA, Deives Shermann; da Coutinjet, Matheus Thomaz; da UNISAL, Robert Nascimento; e do SENAC, Guto Xavier.

Na abertura da reunião, Silvio Dourado falou sobre a importância do fórum para o desenvolvimento da cidade. “O fórum tem sido um espaço que contempla muitas instituições de Americana. Nosso foco é nesse fortalecimento que gera crescimento para as empresas e, consequentemente, mais oferta de empregos, nós discutimos aqui pautas pensando no futuro do município”, discursou. Os palestrantes da reunião elaboraram ainda um E-Book gratuito sobre o tema, que pode ser acessado no link: 

Panorama atual da segurança de dados

Na primeira palestra, o professor Edson Gaseta fez apontamentos sobre as carreiras na cibersegurança, o crescimento do roubo de dados e de espionagem industrial. “Cada vez mais nossos dados trafegam pela Internet, seja para acesso bancário, pesquisas ou compras. Temos que ter profissionais e sistemas que garantam a proteção de dados, especialmente nesse momento histórico de tecnologia 4.0, quando tudo está conectado. Só no Brasil são 750 mil profissionais que trabalham na área de cibersegurança e há um déficit de 230 mil”, informou.

A aposta na biometria como mecanismo de proteção de dados foi considerada mais eficiente que o uso de senhas. “Muitas empresas têm absorvido tecnologias da informação para melhorar seu desempenho, porém não fazem os investimentos necessários em segurança. É preciso identificar a superfície de ataque, e não apenas contratar serviços de segurança sem uma consultora adequada”, disse o especialista em segurança das redes Fábio Pereira.

Fernando Frizzarin explicou que o maior problema enfrentado atualmente é a engenharia social direcionada à aplicação de golpes. “Uma empresa que tenha um sistema de proteção não será invadida, então desde as urnas eletrônicas até o sistema bancário, não há ataque que seja feito sem que haja uma falha humana. O maior problema hoje tem sido a engenharia social, quando especialistas mal intencionados levam pessoas e empresas ao engano técnico para que crimes cibernéticos sejam cometidos ou golpes aplicados”, falou o palestrante.

Durante o uso da palavra, o representante da Unisal, Roberto Nascimento, alertou para a importância do debate sobre a proteção de dados sigilosos recolhidos por empresas privadas. “Estamos diante de um debate que envolve antropocentrismo e tecnologia. Nós sempre discutiremos a questão da cibersegurança porque a criatividade humana é infinita, então precisamos estar sempre à frente daqueles que fazem mal uso das tecnologias. Hoje, a posse de dados é o novo petróleo, porque envolve grandes empresas, especialmente nos Estados Unidos e na China, que manipulam esses dados para fins que desconhecemos”, disse.

Ao final da reunião, o parlamentar comentou sobre o diálogo entre as instituições que precede a realização da reunião. “Nós discutiremos o tema do próximo encontro, de forma democrática. É importante falar que a gente se reúne para garantir que tenhamos o máximo de participação, principalmente dos jovens, porque queremos estimular a educação e qualificação para empregos ligados à tecnologia”, finalizou Dourado.

O fórum

O Fórum Permanente sobre Inovação, Ciência e Tecnologia da Câmara Municipal de Americana tem como funções apresentar propostas para construção ou melhorias de legislação municipal específica no campo da inovação, ciência e tecnologia; pesquisar e organizar informações, dados, índices e estatísticas existentes sobre atividades que envolvam inovação; e apoiar o desenvolvimento de ecossistemas de inovação no município.

O fórum tem como missões também realizar estudos sobre os diversos serviços prestados pelo poder público e propor melhorias e implementações para sua otimização, utilizando práticas e soluções através da inovação, ciência e tecnologia; e promover reuniões com autoridades, empresas, entidades e sociedade civil sobre o tema.

Participam do fórum vereadores e representantes das secretarias municipais de Governo, Administração, Negócios Jurídicos e Educação; da Unidade de Desenvolvimento Econômico; da ACIA (Associação Comercial e Industrial de Americana); do SESI (Serviço Social da Indústria); do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial); do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas); do CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo); da Diretoria Regional de Ensino; do Sinditec (Sindicato das Indústrias de Tecelagem, Fiação, Linhas, Tinturaria, Estamparia e Beneficiamento de Fios e Tecidos de Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré); e de universidades e faculdades.

Para mais informações sobre o Fórum Permanente da Saúde, acesse a página especial no site da Câmara: https://www.camara-americana.sp.gov.br/Paginas/ForumInovacao