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Diploma de honra ao mérito “Profª Maria Nilde Mascelanni” é entregue em sessão solene



 

 

A Câmara Municipal de Americana realizou nesta segunda-feira (31) sessão solene para a entrega do diploma de honra ao mérito “Maria Nilde Mascelanni” às pessoas que se destacaram em trabalhos voltados a crianças e adolescentes em pedagogia e em situações de risco no município de Americana. O diploma foi instituído pelo decreto legislativo nº 649/2013, de autoria do vereador Luiz Renato (PC do B).

Participaram da solenidade o presidente da Câmara Municipal de Americana, o vereador Pedro Peol (PV), Celso Zoppi (PT), Davi Ramos (PC do B), Joãozinho do Quiosque (PRP), Luciano Côreea )), Moacir Romero (PT), Tonhão dos Veteranos (PMDB), Odair Dias (PV) e o ex-vereador e autor Luiz Renato.

 

Foram homenageados onze profissionais indicados pelos vereadores da Casa: Alexandra Ahmed Leal Padulla, Elvira Gobbo Borghi, Josy Júdice, José Claro Alves Baptista, Luci Mary Tenerelli, Luiz Fernando Leal Padulla, Márcia Maria de Santi, Priscila Cristina Honório, Rosana Aparecida Colferai de Paiva Asaoka, Silmara Patricia Junque Sachetto e Suzeli Aparecida Salmaso Bonani.

 

Durante o uso da palavra, o autor Luiz Renato, “Quero parabenizar todos os homenageados, profissionais que alimentam as nossas esperanças, de grande responsabilidade na formação de nossos jovens, e não temos futuros se nossos jovens não receberem aulas de conscientização”, disse.

 

A professora Elvira Gobbo Borge utilizou a palavra para agradecer em nome dos homenageados, ”Eu me orgulho muito por ter sido professora do Kennedy, por 26 anos, depois Heitor Penteado, e nossa escola eram modelo para o estado, e vejo meus ex-alunos muito bem, estou muito feliz, obrigada, e sei do trabalho árduo de ser professora, é uma missão, abrimos mãos de muita coisa para nos dedicarmos ao magistério, mas vale a pena.

 

Maria Nilde Mascelanni


Maria Nilde Mascellani nasceu em São Paulo em 03 de abril de 1931. Realizou o Curso Normal de Formação de Professores na escola Padre Anchieta e depois ingressou no curso de Pedagogia da Universidade de São Paulo. Foi aluna e depois se tornou muito amiga do professor Florestan Fernandes.
Como professora, lecionou em diversas escolas públicas do Estado. Foi convidada pelo secretário da Educação do Estado de São Paulo para fazer parte de uma comissão de educadores na elaboração de um projeto piloto de educação, que levasse em conta a vocação do aluno e abrisse as portas da escola para a comunidade. O Serviço de Ensino Vocacional foi fundado em 1961 e Maria Nilde tornou-se sua coordenadora, cargo que ocupou até 1969.

O Serviço de Ensino Vocacional foi desativado pelo regime militar. Impedida de trabalhar pela ditadura, Maria Nilde foi uma das fundadores da Equipe RENOV, entidade de defesa dos direitos humanos e dos perseguidos políticos. O RENOV formava educadores e acabou sendo fechado pelo governo militar, e Maria Nilde e seus companheiros foram presos por cerca de um mês.

Após este episódio, Maria Nilde se tornou professora de psicologia educacional na Faculdade de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1970. Em sua carreira como pedagoga, trabalhou com Educação Popular em programas educacionais para a população de baixa renda excluída da escola.

Foi a idealizadora do “Integrar”, um projeto inicialmente estadual, e depois nacional, de qualificação profissional para metalúrgicos e ex-metalúrgicos. Ela conseguiu reunir sindicalistas, intelectuais, professores e trabalhadores, realizando vários cursos de capacitação, sempre articulando o diálogo entre o mundo do trabalho e a ação concreta para a transformação social.

Maria Nilde não se casou e nem teve filhos. Em 19 de dezembro de 1999, vítima de um infarto, morreu aos 68 anos em São Paulo, interrompendo uma trajetória marcada pela honestidade intelectual, sensibilidade aos problemas do ensino e coragem.
O trabalho de Maria Nilde faz parte da história da educação brasileira desde os anos 60, e sua proposta de ensino vocacional como base da capacitação de trabalhadores resgata uma dívida social sem ter assumido uma forma assistencialista.

 

 


Publicado em: 01 de novembro de 2016

Publicado por: Assessoria de Comunicação

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Categoria: Notícias da Câmara

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