As experiências de outras cidades no enfrentamento da Covid-19 e a metodologia de combate à doença foram temas da tribuna livre “Dr. Waldemar Tebaldi” na sessão ordinária da Câmara Municipal de Americana desta quinta-feira (29). O espaço foi utilizado pelo secretário municipal de Saúde de Limeira, Dr. Vitor Santos, que falou a respeito dos métodos que têm sido empregados na cidade vizinha para controle da Covid-19. O convite ao médico para participar da tribuna foi de autoria do vereador Thiago Brochi (PSDB), após visita à estrutura.

De acordo como Dr. Santos, Limeira estabeleceu um trabalho conjunto entre a rede pública de saúde e a iniciativa privada da cidade para combater a Covid-19. No que chamou de “guerra biológica”, foi estabelecido um consórcio municipal para construir uma alternativa que pudesse atender a todos, especialmente àqueles que possuem menos recursos financeiros, com qualidade de assistência.

O secretário contou ainda que foi definido um hospital referência para receber os pacientes da doença e montado um hospital de campanha que mantém quatro médicos de plantão diariamente e realiza testes PCR rápido para diagnóstico e o conseqüente início do tratamento.

“Não há nenhuma razão para que um usuário do SUS não tenha uma qualidade de assistência na dimensão que se consegue nos planos de saúde ou eventualmente nos hospitais privados”, afirmou.

Vereadores elogiam modelo de acolhimento

Durante o uso da palavra pelos vereadores, o presidente da Câmara Thiago Martins (PV) lembrou que Americana beira as 500 vidas perdidas pela Covid-19. “As cidades têm sim que se unir para fazer esse combate”, reforçou.

Entre os parlamentares que utilizaram a palavra, o vereador Thiago Brochi (PSDB) disse que os números de Limeira chamaram sua atenção e mencionou a taxa de 2% de óbitos em 23 mil atendimentos.

O vereador Dr. Daniel (PDT) fez elogios à estrutura montada na cidade vizinha e pelo atendimento e tratamento precoces adotados aos pacientes da cidade. “A gente sabe que não é 100% de sucesso, mas a taxa de mortalidade em Limeira diminuiu e muitas cidades têm copiado o modelo de vocês”, frisou.

Já a vereadora Professora Juliana (PT) questionou o secretário limeirense a respeito do tipo de medicação que vinha sendo prescrita pelos médicos da cidade e reforçou que a autonomia para o tratamento medicamentoso deve se limitar aos remédios que têm comprovação científica quanto à sua eficácia.