O vereador Gualter Amado (Republicanos) protocolou na secretaria da Câmara Municipal de Americana um requerimento em que pede informações do Poder Executivo sobre os atendimentos médicos realizados na emergência e no pronto socorro do Hospital Municipal “Dr. Waldemar Tebaldi”.

No documento, o parlamentar relata que realizou visitas de fiscalização do atendimento nos dias 1º e 03 de dezembro. “A partir do dia 1º, a empresa terceirizada de prestação de serviços médicos, Hygea, assumiu o pronto socorro do HM, com uma média de três médicos fazendo atendimento, enquanto os médicos concursados do pronto socorro foram deslocados para trabalhar na emergência do hospital”, aponta.

Gualter cita que durante a fiscalização realizada no dia 3 constatou que havia cinco médicos escalados na emergência dividindo o mesmo espaço para atendimento. “Trata-se de um espaço pequeno com apenas uma mesa e uma cadeira que deve ser compartilhado entre os cinco profissionais. Dentro desse pequeno espaço estão colocados diversos leitos de UTI, sendo a porta de entrada do hospital onde chegam os pacientes nos piores estados físicos”, acrescenta.

Outra situação apontada pelo vereador foi o atendimento de uma senhora que chegou ao hospital às 7h da manhã, foi atendida às 10h e encaminhada para uma especialista que chegou ao hospital por volta das cinco horas da tarde. “Esperamos através desse requerimento entender um pouco qual o objetivo da Administração em colocar os médicos concursados do PS na emergência, ficando ociosos, enquanto paga a empresa terceirizada pelo atendimento no pronto socorro, que é de grande demanda na maior parte do tempo”, conclui.

No requerimento, Gualter pergunta os motivos da mudança, quantos médicos eram escalados para a emergência antes de a empresa assumir o atendimento e qual será o valor pago à empresa terceirizada pelo atendimento no pronto socorro. O parlamentar pede ainda cópias das escalas dos plantões médicos da emergência e do pronto socorro dos últimos três meses e a relação de demanda de atendimento na emergência e no pronto socorro no mesmo período.

Finalmente, questiona se os leitos de UTI na emergência estão de forma regular dentro dos protocolos de atendimento – o vereador defende que pacientes em grave estado não deveriam ficar expostos à entrada do hospital, correndo riscos de contaminação.

O requerimento será discutido e votado pelos vereadores em Plenário, na sessão ordinária desta quinta-feira (9).