Capítulo 13 - Abdo é o mais votado, mas Carrol vence
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Em 1980, o Congresso decidiu prorrogar mandatos de prefeitos e vereadores de 4.000 municípios semanas antes da data marcada para a votação. A justificativa oficial para o adiamento era a de que não havia tempo suficiente para que os partidos cumprissem antes da eleição todas as formalidades previstas na reforma partidária de 1979, que permitiu a existência de mais partidos além da Arena e do MDB, as duas únicas legendas legalizadas durante a maior parte da ditadura. O objetivo era dividir o MDB antes das eleições para a Câmara e o Senado em novembro de 1982. O partido da oposição já detinha 45% das cadeiras na Câmara dos Deputados e começava a receber dissidentes da Arena.
A luta pela democracia foi ganhando corpo com a extinção do AI-5 e a promessa do preidente Figueiredo de restablecimento da democracia no país. Na eleição geral realizada em 15 de novembro de 1982, além de deputados federais e estaduais, senadores, prefeitos e vereadores, a população pôde, pela primeira vez em quase vinte anos, eleger também o governadores.
Graças à abertura para a criação de mais partidos, Americana teve um número recorde de candidatos a prefeito: foram 13 no total. Os partidos ainda podiam apresentar mais de uma chapa, pois a regra da eleição permanecia a mesma - o prefeito eleito seria o mais votado dentro dos candidatos do partido, e não o candidato que individualmente recebesse mais votos. E foi o que acabou acontecendo em Americana: embora Abdo Najar tenha recebido 17.478 votos, o prefeito eleito foi Carrol Meneghel, que recebeu 11.622. Isto porque a soma de Carrol com os outros dois candidatos do PMDB (antigo MDB) - Frederico Polo Muller e Marco Antonio Biasi - foi de 28.506, contra 19.250 do PDS (antiga Arena) - que tinha também Geraldo Pinhanelli e Luiz Euclides Rovina como candidatos. Naquela eleição, também apresentaram candidatos o PT, o PDT e o PTB.
O aumento populacional e a reforma eleitoral fizeram com que Americana passasse a contar, a partir de 1982, com 17 vereadores - dois a mais que nas legislaturas anteriores. O PMDB elegeu a maior bancada, com 9 cadeiras, enquanto o PDS teve 5. PT, com duas, e PTB, com uma, completaram a Câmara. Os mais votados foram Same Najar (PDS), com 1.351 votos, Joaquim Aparecido de Oliveira (PT) com 1.348 e Adelino Sebastião Andreli (PMDB), com 1.308. O mandato também foi de seis anos, como na legislatura anterior, e presidiram a Câmara no período Abelardo Fonseca Neto (1983-1984), Luiz Antonio Miante (1985-1986) e Rubens da Silva (1987-1988).
Publicado em: 09 de outubro de 2020
Publicado por: Coordenadoria de Comunicação
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Categoria: Notícias da Câmara
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