Capítulo 8 - A eleição mais folclórica da história de Americana
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Prefeito
Jairo de Azevedo (1964)
Presidente da Câmara
João Baptista de Oliveira Romano (1964)
As eleições municipais de 1963 foram, sem dúvida, as mais folclóricas da história de Americana. De um lado, o vereador e ex-prefeito Jorge Arbix, buscando um segundo mandato com o vereador Abdo Najar como candidato a vice. Do outro, Jairo Azevedo, fiscal de renda estadual vindo de São Pedro. Populista, em 1958 havia sido eleito deputado estadual pelo PRP (Partido Republicano Progressista) com uma campanha sem dinheiro, apenas distribuindo pirulito para as crianças e combatendo a elite.
Segundo relatos da época, Jairo, apoiador do então presidente João Goulart, usava uma capa preta imitando o deputado federal Tenório Cavalcanti da UDN (União Democrática Nacional), justiceiro no Rio de Janeiro, que andava com uma metralhadora sob a capa e a chamava de Lurdinha. Jairo o imitava com uma capa preta e fazia discurso inflamado contra a elite e contra os turcos, numa alusão negativa aos concorrentes Jorge Arbix (descendente de turco) e Abdo Najar (sírio).
A apuração dos votos foi tensa: urna a urna, Jairo e Arbix se revezavam na liderança, ora abrindo vantagem de centenas de votos, ora empatando novamente. Com a apuração das últimas urnas em que votaram atiradores do Tiro de Guerra e eleitores novos, cujos títulos foram transferidos em sua maioria pelo trabalho de Jairo de Azevedo, sua vantagem foi aumentando e a vitória foi sacramentada, com 304 votos a mais que Jorge Arbix.
Nas eleições a vereador, a votação refletiu o resultado positivo do partido trabalhista que apoiava Jairo, elegendo cinco nomes: Arlindo Scoriza, Jayr de Camargo, José Geraldo Bertini, Willey Cordenonsi e Paulo Francisco Baldim. O mais votado foi João Batista de Oliveira Romano, que em seu segundo mandato recebeu 721 votos, e acabaria sendo eleito presidente da Câmara para o início da legislatura, em 1964. A eleição de 1963 foi importante também por marcar a introdução na vida política de figuras ilustres da cidade: foi nesta eleição que Décio Vitta, Jessyr Bianco e Waldemar Tebaldi se elegeram vereadores pela primeira vez.
A posse de Jairo de Azevedo também foi folclórica em janeiro de 1964. Casou no mesmo dia na igreja matriz de Santo Antonio ao lado da então Câmara Municipal (hoje o batalhão da Polícia Militar, no centro da cidade). Saiu numa charrete da igreja com a noiva e foi tomar posse com uma batucada de samba atrás. A esposa, ainda com vestido de noiva, assistiu a posse e dali saíram mais uma vez em desfile com a charrete.
Jairo governaria apenas até junho de 1964, nos desdobramentos da implantação do regime militar no Brasil. Mas essa é história para o próximo capítulo.
Publicado em: 03 de setembro de 2020
Publicado por: Coordenadoria de Comunicação
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