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Impactos e condições da volta às aulas presenciais são discutidos em audiência pública na Câmara



A Câmara Municipal de Americana realizou na terça-feira (23) audiência pública para debater a volta às aulas presenciais na rede municipal de educação, suas condições e os impactos. O debate foi proposto a partir de requerimento de autoria da vereadora Professora Juliana (PT) e reuniu vereadores, especialistas em saúde e gestores públicos, além de contar com a participação popular por meio de questionamentos feitos no próprio Plenário Dr. Antônio Álvares Lobo e também por meio de videoconferência. 

 

Participaram da audiência pública o presidente da Câmara Municipal de Americana, vereador Thiago Martins (PV), os vereadores Dr. Daniel (PDT), Gualter Amado (Republicanos), Leco (Podemos), Leonora Périco (PDT), Lucas Leoncine (PSDB), Marcos Caetano (PL), Marschelo Meche (PSL), Pastor Miguel (Republicanos), Dr. Renato Martins (PTB), Silvio Dourado (PL), Thiago Brochi (PSDB) e Dr. Wagner Rovina (PV). Também fizeram parte da mesa diretiva o secretário municipal de Educação, Vinícius Ghizini, o médico infectologista e membro do Comitê Municipal de Crise da Covid-19, Dr. Arnaldo Gouveia, a presidente do Conselho Municipal de Educação, Patrícia Oliva Cavicchioli, a diretora estadual da subsede Americana da Apeoesp, Zenaide Onório, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Americana, Antônio Adilson Bassan Forti e o coordenador do Conselho Tutelar de Americana, Rodrigo Miletta da Rocha.

 

Autora do requerimento que convocou a audiência pública, a vereadora Professora Juliana (PT) destacou na abertura do evento a preocupação com a segurança de profissionais da educação e alunos no retorno às aulas presenciais na rede municipal de educação. A parlamentar citou o apelo e todo o esforço feito por segmentos da sociedade, famílias e mesmo por gestores públicos para que isso se concretize.

 

“Espero que tudo isso produza um efeito positivo para valorizar a educação e os profissionais. Se a educação é um serviço essencial, e ela é, a importância da escola não está resumida só na questão da aprendizagem, das habilidades cognitivas, do aprender a ler e escrever, das matérias da escola, mas também de garantir o direito à alimentação e a uma vida sem violência”, frisou, antes de acrescentar: “Espero que consigamos debater se nós podemos dizer hoje que temos segurança para voltar com aulas presenciais”.

 

Gouveia cita medidas preventivas como melhor caminho

 

O médico infectologista, Dr. Arnaldo Gouveia, que é membro do Comitê Municipal de Crise da Covid-19, frisou que o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social continuam sendo as melhores maneiras de evitar novas contaminações. Ele destacou o risco de um retorno às aulas nos modelos pré-pandemia e citou o caso de Israel, que retomou as aulas acreditando que tudo estava sob controle, mas logo sofreu um surto da doença. 

 

Com a experiência de quem há duas décadas trabalha com o controle de infecções em hospitais, Gouveia disse que medidas preventivas adotadas na saúde podem ser replicadas na área educacional. 

 

“Não se deve baixar a guarda”, destacou. “Não deixar, por exemplo, duas pessoas saírem para tomar café juntas”, exemplificou, citando o que já vivenciou no dia a dia de hospitais, onde constatou que a grande maioria se contaminou dentro do ambiente do trabalho, mas não executando o trabalho em si, e sim no contato social. 

 

Ghizini garante rede pronta, mas destaca decisão em colegiado

 

Ao final da audiência, o secretário municipal de Educação, Vinícius Ghizini, destacou que o decreto autoriza o retorno às aulas presenciais na rede municipal de educação a partir de 1º de março, mas se mostrou flexível às condições de momento que envolvem a pandemia do novo coronavírus. Ele garantiu ainda que o setor está preparado para o eventual retorno. 

 

“Nós mantemos a postura de que estamos preparados para o retorno. E do ponto de vista pedagógico esse retorno presencial, tanto quanto possível, deve ocorrer num horizonte mais imediato. Mas se houver o retorno à fase vermelha, vamos submeter essa decisão a quem cabe, que é o Comitê de Crise”, destacou, indicando que a decisão não será tomada unilateralmente pela Educação, mas sim por um colegiado. 


Publicado em: 24 de fevereiro de 2021

Publicado por: Coordenadoria de Comunicação

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Categoria: Notícias da Câmara

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