A Câmara Municipal de Americana realizou nesta terça-feira (26) sessão extraordinária para discussão e votação do projeto de emenda à Lei Orgânica do Município nº 2/2020, de autoria do vereador Gualter Amado (Republicanos), que proibia a destinação de resíduos sólidos de outras cidades a aterros sanitários instalados em Americana. O projeto foi rejeitado por falta de quórum após ter recebido dez votos favoráveis e nove abstenções. Para ser aprovado, eram necessários treze votos favoráveis (quórum qualificado de dois terços dos vereadores).
O projeto proibia o ingresso de resíduos oriundos de outras cidades a sistemas públicos ou privados de tratamento e disposição final de resíduos instalados no território de Americana. Durante o uso da palavra, o vereador Gualter Amado, autor da propositura, defendeu a aprovação da alteração na Lei Orgânica do Município.
“O poder público não tem nada a ganhar com a implantação de um aterro sanitário regional privado em Americana, às margens da represa Salto Grande. Nós vereadores temos a responsabilidade de evitar que a nossa cidade, que sempre foi conhecida como princesa tecelã, passe a ser conhecida como princesa do lixo”, argumentou.
“Americana depende da água da Represa do Salto Grande, uma água que já é poluída e que demanda altos investimentos para que possa ser utilizada. Agora imaginem essa água somada ao impacto ambiental de um aterro sanitário. Precisamos lutar pela vinda de melhorias para nossa cidade, não pela destinação de lixo de outros municípios”, comentou o vereador Dr. Daniel (PDT).
“Voto sim a esse projeto e, na legislatura passada, votei contrário à mudança que permitiu a destinação de resíduos de outras cidades. O aterro é um mecanismo ultrapassado, a tendência é que haja um compartilhamento de uma usina entre municípios próximos, porque segundo estudos uma usina consegue aproveitar até 80% do lixo. O espaço territorial de Americana é bem reduzido se comparado a outras cidades, e por tudo isso voto sim ao projeto”, falou o vereador Vagner Malheiros (PSDB).
“Entendo que Americana não deva receber lixo de outras cidades nesse momento por todos os problemas ambientais que isso vai trazer, tanto no médio quanto no longo prazo. Devemos tratar essa questão do resíduo sólido em Americana como uma questão de interesse socioambiental, e não como uma questão de interesses privados”, afirmou a vereadora Professora Juliana (PT).
Publicado em: 26 de abril de 2022
Publicado por: Coordenadoria de Comunicação
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Categoria: Notícias da Câmara
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