Toda cidade tem sua vocação. No entanto, para se chegar a este status, existe a necessidade de ela delimitar-se num local específico no espaço e ter uma conduta histórica que a leve a ter a sua marca registrada.
Como professor de História e Geografia, sempre preguei que devemos, antes de tudo, olhar para o nosso quintal e saber das nossas afinidades e vocações. Isto porque só assim damos sentido ao que queremos enquanto sociedade dita organizada, pautada pelas regras de direito, de ética e, sobretudo, de cidadania, que é a plenitude do indivíduo que vive nos conglomerados urbanos.
Jamais devemos desprezar as teorias básicas da influência do meio sobre o indivíduo, que são as teorias possibilistas e deterministas. Traduzindo: em determinada área o homem possibilita o meio, como na Holanda, em que o homem empurrou o mar e agregou território novo; em outra área o meio determina como o homem viverá, sem qualquer chance de mudança, como as geleiras e as altas montanhas do mundo.
Somente o conjunto de vivências geográficas e históricas de um povo é capaz de lhe determinar sua identidade. Povo sem geografia e história é povo sem identidade.
Nós, legisladores, temos grandes responsabilidades sobre como deve se portar uma cidade. De nossas ações ou omissões é que redunda a identidade forjada em leis e regulamentos e mesmo nos costumes, que devem ser respeitados ainda que se sacrifiquem leis inócuas. Isso porque, desta forma, prevalece a vontade popular, fruto legitimo da democracia em que vivemos. Em que pesem suas deficiências, ainda não se conheceu forma melhor de governo e sempre há possibilidade de mudanças, portando-se tranquilamente como forma privilegiada contra qualquer ato de tirania ou ditadura.
Foi com esse propósito que propus a criação de um Instituto Histórico e Geográfico da cidade de Americana, a exemplo da nossa vizinha Piracicaba, do meu amigo Paulo Celso Bassetti, diretor superintendente da Conpacel - nossa fábrica papeleira. Nosso objetivo é manter vivo o caminho arduamente trilhado pelos nossos antepassados, que nos deram um espaço geográfico (no nosso caso, estritamente urbano) e uma rica história de imigrantes de diferentes continentes. A proposta de criação do Instituto é para que fique patente e fundamentado nos mais legítimos alicerces documentais a nossa identidade enquanto cidade.
CAPITÃO CRIVELARI (PP) é vereador em Americana, Oficial da Reserva da Policia Militar e Professor de História e Geografia
Publicado em: 29 de julho de 2009
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