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DROGAS...MAS QUE DROGA! - por Capitão Crivelari



Como disse meu amigo Deputado Estadual Coronel Edson Ferrarini, em recente palestra realizada na Câmara Municipal de Americana, quando comemorávamos o dia Mundial de Combate às Drogas: “Eu não conheço um só caso de pai ou mãe que chega em público e diz com orgulho – ‘Esse é meu filhão, ele é maconheiro’. Ninguém de bom juízo se orgulha de ter um filho assim”.
Pois bem, as drogas existem. A maioria delas é proveniente de plantas, na maior parte das vezes foram levadas ao uso como forma de caminhos divinos, pois provocavam alucinações e assim tiveram o status de divindade, sobrepondo ao mundo natural e levando ao irreal. Seria uma forma primitiva de levar o homem ao elemento sobrenatural, às divindades.
Drogas alucinógenas são até hoje muito usadas nos rituais de tribos indígenas. A serviço da comunidade, o xamã, ao consumir alucinógenos, entra em contato com os espíritos que o ajudarão a curar doenças, proteger a comunidade contra ataques mágicos e propiciar bem-estar, boas caçadas e etc.. Ao agir assim, compartilha com o seu povo os prazeres obtidos com a droga. Esta, antes de tudo, é propriedade coletiva e não individual, e seu uso deve propiciar harmonia ao invés de desavença, paz ao invés de contestação.
As drogas perturbadoras tiveram seu uso popularizado na década de 60, com o movimento hippie. Este fenômeno sócio-cultural tratava-se de uma revolta contra os valores exclusivamente individualistas, competitivos e materialistas, incorporados ao modo de vida das sociedades industriais que colocavam, em segundo plano, os sentimentos mais íntimos e as necessidades místico-religiosas. Denunciando certas características de alienação da sociedade industrial, os hippies incluíam o uso de tais drogas em sua contestação à procura do "flower-power" (poder das flores). Nesse período, cresceu o número de pessoas que passaram a fazer uso de drogas alucinógenas como manifestação simbólica dos seus ideais.
É importante notar que a palavra “droga” pode ter vários sentidos, não se restringindo apenas ao fato de ser algo ilegal e prejudicial à saúde. Vários medicamentos que tem a função de combater enfermidades específicas, como a aspirina, por exemplo, podem ser considerados como drogas, porém usadas para fins medicinais.
As drogas podem agir como remédios ou venenos. Muitas plantas e substâncias sintéticas citadas são tóxicas, comportando doses letais e diversos riscos associados ao seu uso. O álcool, os opiáceos, os barbitúricos, as anfetaminas e, especialmente, a nicotina, são substâncias que costumam criar dependência, ou seja, o uso compulsivo e autodestruidor.
Podemos dizer com clara objetividade que, tratando-se de droga, temos que evitar a todo custo o envolvimento, principalmente dos jovens. Estes, geralmente, são levados às drogas pelos amigos, pois o viciado acostuma e o traficante vem depois. Temos que combater a qualquer custo esse mal que nos assola como um todo. Por isso, proponho que façamos uma marcha sim, mas pra dizer que a droga é uma droga.

Capitão Crivelari
Vereador (PP) em Americana e oficial da Reserva da Policia Militar




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